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Izabela Tabaquini

Qual a Diferença Entre os Tubos para Coleta de Sangue?

No universo laboratorial, os tubos para coleta de sangue são ferramentas indispensáveis. Eles não apenas armazenam as amostras, mas também desempenham um papel importante na preservação e preparação do sangue para diferentes tipos de análises. Cada tubo tem uma finalidade específica, determinada pela cor da tampa, aditivo e propriedade de uso.


Neste post, vamos esclarecer as principais diferenças entre os tubos utilizados na coleta de sangue e como cada um impacta os exames realizados.


Por Que Existem Diferentes Tubos?


Cada análise laboratorial exige condições específicas para a preservação e processamento do sangue. Isso envolve fatores como anticoagulação, separação de componentes e estabilização de biomoléculas. Por isso, os tubos para coleta de sangue possuem aditivos específicos, que podem variar entre anticoagulantes, ativadores de coágulo e substâncias conservantes.


Principais Tipos de Tubos para Coleta de Sangue

A seguir, confira os tipos mais utilizados e suas diferenças:


  1. Tubo com Tampa Vermelha – Sem Aditivo (Soro)

    • Uso: Exames bioquímicos gerais (glicose, colesterol, triglicerídeos, enzimas hepáticas).

    • Característica: Não contém anticoagulantes ou aditivos. Permite que o sangue coagule naturalmente, e o soro é separado após a centrifugação.

    • Indicação: Ideal para análises que exigem soro puro.


  1. Tubo com Tampa Amarela – Gel Separador (Soro)

    • Uso: Bioquímica, sorologia e imunologia.

    • Característica: Contém ativador de coágulo e um gel separador que facilita a divisão entre o soro e os elementos figurados do sangue após a centrifugação.

    • Indicação: Otimiza a coleta e preservação do soro, reduzindo interferências.


  2. Tubo com Tampa Roxa – EDTA (Plasma)

    • Uso: Hemogramas e estudos hematológicos.

    • Característica: Contém EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético), um anticoagulante que impede a coagulação, preservando as células sanguíneas.

    • Indicação: Ideal para análise celular, como contagem de hemácias, leucócitos e plaquetas.


  3. Tubo com Tampa Azul – Citrato de Sódio (Plasma)

    • Uso: Coagulograma e estudos de coagulação (tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial).

    • Característica: Contém citrato de sódio a 3,2% ou 3,8%, que age como anticoagulante reversível, estabilizando o plasma.

    • Indicação: Utilizado exclusivamente para exames relacionados à coagulação.


  4. Tubo com Tampa Verde – Heparina (Plasma)

    • Uso: Gases sanguíneos, bioquímica especializada e testes hormonais.

    • Característica: Contém heparina, que inibe a coagulação e mantém a integridade das células para análises rápidas.

    • Indicação: Necessário para exames urgentes que requerem plasma.

  5. Tubo com Tampa Cinza – Fluoreto de Sódio (Glicose)

    • Uso: Medições de glicose e lactato.

    • Característica: Contém fluoreto de sódio e um anticoagulante (geralmente EDTA ou oxalato de potássio) para evitar a degradação da glicose.

    • Indicação: Essencial para testes que medem glicose, pois inibe o metabolismo celular.

  6. Tubo com Tampa Preta – Citrato de Sódio (Hemossedimentação)

    • Uso: Taxa de sedimentação de eritrócitos (VHS).

    • Característica: Contém citrato de sódio em proporção ajustada para manter o sangue fluido por tempo prolongado.

    • Indicação: Utilizado exclusivamente para esse tipo de exame.




Tabela Resumo dos Tubos e Suas Aplicações

Tampa

Aditivo

Uso Principal

Componente Analisado

Vermelha

Sem aditivo

Bioquímica geral

Soro

Amarela

Gel separador

Bioquímica, imunologia, sorologia

Soro

Roxa

EDTA

Hemograma, análises hematológicas

Plasma

Azul

Citrato de sódio

Estudos de coagulação

Plasma

Verde

Heparina

Bioquímica especializada, gases sanguíneos

Plasma

Cinza

Fluoreto de sódio

Glicose e lactato

Plasma

Preta

Citrato de sódio

VHS (hemossedimentação)

Sangue total


A Escolha Correta do Tubo é Essencial

A utilização de um tubo inadequado pode comprometer o exame, causando resultados imprecisos ou até inviabilizando a análise. Por isso, é fundamental:

  • Conhecer os requisitos específicos do exame solicitado.

  • Seguir as recomendações do laboratório sobre os tubos adequados.

  • Garantir o armazenamento e manuseio corretos das amostras.


Os tubos para coleta de sangue são instrumentos indispensáveis para garantir a qualidade das análises laboratoriais. Cada tubo possui características únicas que atendem a diferentes tipos de exames, desde hemogramas até coagulogramas e testes bioquímicos.

Escolher o tubo correto não é apenas uma questão técnica, mas também uma forma de assegurar diagnósticos precisos e tratamentos eficazes.

Se você trabalha com coleta de sangue ou realiza exames laboratoriais com frequência, conhecer as diferenças entre os tubos é essencial para um cuidado completo e seguro!

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